A carne moída exposta em bandejas de isopor apresenta maior risco de contaminação e por isso deve ser preparada na presença do cliente. O alerta é da engenheira de alimentos de São Carlos (SP) Cíntia Matiucci. "Você não sabe em que condições que a carne foi moída. Por exemplo, se a pessoa que manipulou a carne fez uma boa higiene das mãos e se o moedor estava higienizado também”, explicou a especialista.
Além disso, uma lei estadual determina que os estabelecimentos vendam carne moída somente se ela for processada na frente do cliente. A norma existe para que o consumidor não compre o produto sem saber como foi manipulado.
Entretanto, a equipe do Jornal da EPTV flagrou casos de irregularidade em supermercados nesta segunda-feira (2). Em alguns deles, a carne podia ser encontrada já moída no balcão; em outros, ela estava na bandeja, pronta para a venda.
Exceções
Se a embalagem tiver selo de inspeção do Ministério da Agricultura, contudo, a venda do produto está liberada. “A embalagem de isopor só tem um plástico por cima, é inadequada. Mas a correta tem uma embalagem plástica, vedada adequadamente, apresenta no rótulo data de validade, peso e o mais importante que é o selo da inspeção federal, o que a torna mais segura e própria para venda”, relatou Cíntia.
Para a engenheira de alimentos, uma forma simples de avaliar a condição da carne é pela cor.
“Tem que lembrar mesmo a coloração de uma carne boa, de qualidade, avermelhada. Se está longe disso significa que não está boa mais, pode estar estragada ou começando a estragar”, indicou.
Consumidores
Os consumidores que não sabiam dos riscos afirmam que vão prestar mais atenção. “Agora eu quero saber que carne que está moendo e quero ver moer”, disse a vendedora Roseli Bozola.
“A lei é muito importante porque em primeiro é a saúde da gente. Temos que ver o que está comprando para consumir”, observou o encarregado de produção Jefferson Carnelosi.
Orientação
Segundo o professor de direito Renato Barro, o consumidor deve fazer a parte dele para que a lei seja cumprida. “A vigilância sanitária e os Procons servem para o comprador fazer com que a moagem seja na frente do consumidor e, caso não for, que denuncie qualquer irregularidade aos órgãos de fiscalização”, ressaltou.
A Associação Paulista de Supermercados informou que a determinação não é somente para os supermercados, mas vale também para os açougues.
Fonte: G1
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